segunda-feira, 5 de abril de 2010

da agência Efe, em Berlim

O ministro da Defesa da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg, pediu desculpas pela morte de seis soldados afegãos por tropas alemãs e prometeu uma "exaustiva" investigação do caso.

Na sexta-feira, forças alemãs mataram seis soldados afegãos que, segundo as informações divulgadas até o momento, trafegavam em veículos privados e não foram reconhecidos como tais.


Alemanha pede desculpas por morte de soldados afegãos


Em entrevista coletiva concedida em Bonn, Guttenberg explicou que, pelo que se sabe até agora, os soldados se negaram a parar diante de uma coluna de carros militares alemães que substituiria uma companhia atacada por talibãs.

Guttenberg ressaltou que "incidentes" como o de matar membros de Forças Armadas amigas não podem ser descartados "no que, na linguagem coloquial, podemos chamar de uma guerra".

Com isso, o ministro voltou a utilizar o termo 'guerra' para falar da operação no Afeganistão, algo que, segundo sua opinião, é "mais honesto".

O ministro se defendeu das críticas de que o incidente ocorreu devido à falta de equipamento no Afeganistão, especialmente de sistemas de reconhecimento.

Segundo Guttenberg, tudo aponta que, no momento do ataque aos soldados afegãos, era noite e havia uma tempestade de areia na área, situação em que pouco ajuda ter aviões de reconhecimento.

Após a experiência do bombardeio em setembro que matou civis afegãos e que derrubou vários membros do alto escalão alemão, o ministro se mostrou neste domingo cauteloso ao comentar o incidente de sexta-feira.


Guttenberg assegurou que aguardará um relatório detalhado sobre o ocorrido para voltar a comentar o assunto.

O ministro ressaltou a necessidade de permanecer no Afeganistão e assegurou que a morte de soldados alemães e afegãos não foi em vão, pois servirá no médio prazo para pacificar o Afeganistão e evitar que haja instabilidade em outros lugares do mundo.

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